sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tempestade (de Alma Welt)


Tempestade -óleo s/ tela de Guilherme de Faria

Tempestade (de Alma Welt)

Vê: o céu se adensa e escurece,
Procelárias se agitam sobre a face
Que se ergue na mais sinistra prece
Prevendo o iminente desenlace.

O mar se turva e mais se encrespa
E as ondas lançam brados de loucura
Enquanto um ribombo força a fresta
De um teto de chumbo sem pintura.

Então o caos se instala e ai de nós
Neste pequenino barco rubro
Que não passa de vã casca de noz

À deriva, a medo, e sem poesia,
Se o vórtice indigesto de um tubo
Nos devora em ânsias de agonia...

14/09/2006

Nenhum comentário:

Postar um comentário