quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os Títeres de Deus (de Alma Welt)


A maior pantomima deste mundo
É a última encenada pela Arte
Mesmo que aborde o lado imundo
Que é da beleza a contraparte.

Vida e Morte, o belo e o feio,
A carne pelos vermes devorada
E a caveira gargalhando lá no meio,
Apavorando e nunca apavorada...

Nossa estranha armação de cálcio feita
Tem um toque de humor feito fantoche
Que anda com tremores de maleita.

Mas Deus, nosso grande titereiro,
Ama o seu teatrinho de deboche,
E penso ri também tremendo inteiro...