sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A Ilha dos Mortos de Boecklin (de Alma Welt)
A Ilha dos Mortos - de Arnold Böcklin
A Ilha dos Mortos de Böcklin (de Alma Welt)
Não pare de remar, ó meu barqueiro!
Faça jus à soma que lhe pago,
Não hesite perante o nevoeiro
Que já desce saudando o que aqui trago.
Ajude-me também co’este caixão
Pois sozinha não poderei plantá-lo
Num nicho desta ilha em solidão
Com somente minha dor a acompanhá-lo.
Ilha Fatal, eis que sou tripla refém,
De pé na proa, como tu a me alçar
Das águas que ousei atravessar
Desse Letes obscuro em que vogamos,
Com meu próprio caixão que me contém,
Nós três: um só, no barco que remamos...
18/01/2007
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