Joguemos com a vida limpo e sério
Mas não esqueçamos riso e humor.
A morte ser risonha é um mistério
Pois seu riso branco é seu pendor
Porque gosta de dançar e de tocar
Seu violino de timbre aciganado
Com arpejos qual faíscas ao luar,
A foice descansando ali ao lado.
Mas se eu puder responder ao riso dela
Só lhes peço que me abram a janela
Naquela hora mesma de ir embora.
Então cantemos, dancemos e riamos
Até o dia raiar em nova aurora
Porque de todo jeito nós nos vamos...