sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

RIP* (de Alma Welt)

Vem por aqui, Galdério, logo à frente
Vou te mostrar o que encontrei:
Uma cruz estranha que nem sei
Se é cristã ou coisa diferente.

Vê, gravada nesta laje, aqui, assim,
Algo muito gasto está escrito.
Será o túmulo violado e proscrito
Do antigo estancieiro Valentim?

RIP está gravado e se percebe,
O resto é posterior, mal redigido,
E suponho por alguém que ainda bebe

O vinagre do que, mal digerido,
Não sei, Galdério, mas o sinto,
Deixou seu travo em nosso vinho tinto.


(sem data)

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