É difícil desfrutar da juventude
Quando se tem aguda a consciência,
Não de deveres, que isso até eu pude,
Mas da finitude da existência,
Que é a razão de toda angústia
Que persegue o homem racional
E o fez criar consumos e indústria,
Como faz uivar em nós o animal.
Eis o mistério, como eu sinto,
Em que nos debatemos por saber
Ou nos esquivamos por instinto,
Embora eretos, ao lado do caixão
Do que antes de nós deixou de ser,
Solenes, mão na alça, sem paixão...
(sem data)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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