Não há fogo do Inferno, disse o papa.
Báh! Como se engana o pobre homem!
As chamas tão temidas às vezes somem
Mas o céu mais amiúde nos escapa...
Pisamos sempre sobre um mar de chamas
E não me refiro às lavas do basalto
Nem aos medos sob nossas camas,
Nem às leis que jogamos para o alto.
Mas ao puro terror de nossa morte
Como uma ameaça permanente,
Dados cegos jogando nossa sorte...
Como num jogo de cartas marcadas
Deus, dono do cassino e oponente,
Ganhando sempre, e soltando baforadas...
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16/10/2016
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
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