terça-feira, 18 de outubro de 2016

A corrente (de Alma Welt)

Pode alguém dizer que a vida é triste
E o mundo um Vale de Tormentos.
Há sempre alguém com o dedo em riste
Apontando os ajoelhados ou mais lentos

Que não conseguem carregar a sua cruz
Sem exaustos se apoiarem no vizinho
Que livrou-se da corrente e o capuz
E já estava a caminhar solto e sozinho...

Ouçam os gritos, os lamentos e o chicote!
Sou só eu que os escuto dia e noite?
São espectros que não sentem o açoite?

Báh! Alma, que caminhas solitária
E que nunca trocarias a tua sorte,
Para ser um da corrente, e não um pária!...

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17/10/2016

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